(Parte 3) Termos parecidos

13/04/2022

(Parte 3) Termos parecidos

Este texto é parte de uma série lançada há algumas semanas. Perdeu as partes 1 e 2? Leia aqui (parte 1) e aqui (parte 2).

 

Outro cuidado que se deve ter ao lidar com termos jurídicos em inglês é não supor que se conhece o significado de uma expressão, pois já se conhecem as palavras dela separadamente. Um exemplo são as expressões negligence e contributory negligence, explicadas a seguir.

 

 

 

 

O termo negligence é um falso cognato, ou seja, a palavra se parece com negligência em português, mas não é esse o seu significado correto.

 

A melhor tradução para negligence é culpa.

 

Entretanto, é necessário ter muito cuidado ao se supor que, ao conhecer a tradução correta da palavra negligence, se conhece, automaticamente, a expressão contributory negligence. É comum supor-se que essa expressão significa “negligência contributiva”, ou algo parecido. Ao lançar-se mão do conhecimento técnico-jurídico, porém, podemos eliminar esse significado, pois esse não é um conceito do direito. O melhor a se fazer, sempre, é recorrer ao dicionário para checar expressões e termos. Ao se fazer isso, temos que:

 

contributory negligence. culpa concorrente. A diferença entre contributory negligence e comparative negligence: A contributory negligence é a culpa concorrente do ofendido que isenta o causador do dano de qualquer responsabilidade. A comparative negligence apenas diminui a responsabilidade do causador do dano em proporção à culpa do ofendido. A maioria dos estados adota a doctrine of comparative negligence, por ser mais justa. (CASTRO, 2014, p. 486).

 

Consultar fontes confiáveis é um mister sempre que se depara com termos técnico-jurídicos.

 

 

 

Bruna Marchi é advogada e pós-graduada em Interpretação de Conferências Inglês<>Português pela PUC-SP.

 

Possui extensão universitária no Curso de Direito Norte-Americano, pela Fordham University, de Nova Iorque.

 

É pós-graduanda em Direito Penal e Direito Processual Penal.

 

É sócia-fundadora da empresa Descomplicando o Inglês Jurídico e criadora do canal do YouTube Descomplicando o Inglês Jurídico.

 

Atua como professora de inglês jurídico e direito comparado, além de ministrar palestras sobre esses tópicos. Trabalha como criadora de cursos de inglês jurídico para a magistratura e os Ministérios Públicos Estaduais, no Instituto Educere, de Brasília.

 

É professora do curso de Extensão Universitária de Inglês Jurídico da PUC-SP.